domingo, 30 de outubro de 2011

Não há dois filhos iguais - o filho "forreta"

Quem tem filhos sabe que não há dois filhos iguais e por isso não podemos educá-los da mesma maneira.
Se a uns  temos de “refrear” o seu à vontade, há outros que temos de “instigar” a libertar-se.
Na educação financeira também temos de ter em atenção estas diferenças.
O filho “forreta” – prefere não ter a gastar o seu dinheiro
O que procuramos na educação financeira é o equilibrio assim sendo se temos uma criança que guarda todo e qualquer dinheiro que lhe dão temos de o “obrigar” a gastar.
Porquê?
A realidade da vida diz-nos que temos de pagar para termos as nossas necessidades básicas satisfeitas, tais como, alimentação, habitação, etc, então é fundamental ensinar ás crianças que é necessário abdicar de algum do nosso dinheiro para vivermos.
Como nesta sua fase da vida a criança não paga pelos bens e serviços que necessita para viver (são os pais que têm essa responsabilidade) temos de definir com eles que gastos diários/semanais serão da sua responsabildade.
Exemplos:
Para crianças entre os 6 e os 12 anos
- os cromos para a sua caderneta;
- os gelados ou guloseimas que aprecia;
- o sumo que tem autorização dos pais para comprar x vezes por semana no bar da escola
Para jovens dos 13 aos 18 anos:
- o valor mensal  a gastar com comunicações (telemóvel) acordado com os pais
- o valor para lanches com amigos
- o valor mensal definido para jantares de anos / idas ao cinema
O que é importante é que estas rúbricas de despesas têm de ser definida em conjunto entre pais e criança / jovem.
Os gastos de uma criança/ jovem devem ser bens ou serviços que eles querem ter e que têm um periodicidade (diária/semanal ou mensal) para poderem estar associados ao ciclo do dinheiro.
CICLO
Rendimento (semanada/mesada) –> Gastos –> Rendimento –> Gastos –> (...)
Se temos uma criança “forreta” temos de ensiná-la que para vivermos temos de gastar algum dinheiro para viver. Porque essa é a realidade.
Há pais que têm receio de colocar a decisão do lado dos filhos porque eles podem optar mal.
Se queremos filhos responsáveis é nestas decisões erradas e certas que temos material para lhe ensinar o que está bem em mal.
É como estas situações, ainda controláveis, que podemos dar-lhe os limites para eles virem a ser jovens responsáveis.
Nunca nos podemos esquecer do seguinte:
A nossa missão na educação é dar-lhes exemplos, ferramentas e instrumentos para eles decidirem o melhor possivel. Nunca esquecendo que são eles que vão decidir.
“Educar para autonomia” Piaget
Para a semana falaremos do filho “gastador”
Até para a semana !

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