quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O que significa Poupar ?

Normalmente a língua portuguesa é dita como complicada porque temos uma palavra para cada coisa.
Ultimamente uma palavra muito utilizada no discurso de muitos neste país é a palavra Poupar.

O que é poupar?

Do dicionário Priberam
poupar - Conjugar
v. tr.
v. tr.
1. Gastar com moderação.
2. Não molestar, não ofender.
3. Não desperdiçar.
4. Não deixar perder.
5. Não privar de.
6. Tratar com indulgência.
7. Economizar.
8. Perdoar.
9. Evitar.
v. intr.
v. intr.
10. Viver com economia.
v. pron.
v. pron.
11. Esquivar-se.
12. Eximir-se.
13. Não gastar as próprias forças.

Como podemos ver Poupar em português pode significar diversas coisas, algumas até quase contraditórias.
O que aqui me interessa é referir que sim é importante, que sim é urgente a população portuguesa adquirir hábitos de poupança e para quê:
1.       Para comprarmos melhor, fazermos boas opções de compra de acordo com as nossas ideias e exigências;
2.       Para comprarmos o que precisamos e não o que “alguém” diz que precisamos – decidir por nós e pela nossa família;
3.       Para conseguir colocar de lado montantes que nos irão permitir realizar objetivos previamente definidos – uma compra que não precisamos mas que desejamos, umas férias;
4.       Para termos de lado um montante que representa cerca de 6 meses das nossas despesas fixas mensais para fazermos face a um imprevisto, uma problema de saúde, um problema de emprego, um máquina que avaria (fundo de emergência);
5.       Para termos um valor a médio ou longo prazo para a troca de um carro, para a reforma.
E porque é que devemos adquirir hábitos de poupança?
É porque é bom para o governo? Ou é bom para a comunidade europeia?
NÃO.
Devemos fazê-lo porque é bom para nós como pessoas como cidadãos.
Porquê?
1.       Porque se nos acontece um imprevisto e temos um fundo de emergência que me resolva a parte financeira do imprevisto estou a reduzir os factores de stress que esse imprevisto me poderia trazer;
2.       Se conseguir alcançar os meus objetivos/sonhos sem recorrer a crédito estou a combater a nossa dependência de outros (neste caso dos bancos e instituições financeiras)
Curiosidade – Há pessoas que não querem assumir compromissos de relacionamento com outra pessoa, porque o compromisso os assustam mas depois assinam um contrato de crédito por 7 ou 8 anos para comprar um carro que por ser um bem de desvalorização rápida se acontecer um imprevisto terão um divida de 15 000€ sobre uma coisa que já só vale 10 000€.... Isto não é assustador?

O primeiro passo para mudarmos comportamentos e atitudes é assumirmos um compromisso conosco mesmos !
Vamos olhar para nós, para as nossas despesas/gastos, para os nossos rendimentos e vamos ver decisões menos corretas tivemos, vamos corrigi-las e andar para frente!
Poupar não é um castigo!
É uma opção para quem quiser ser mais feliz e independente!
A decisão é nossa!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Educar no dia a dia transmitindo valores

No nosso dia a dia podemos ir formando os nossos filhos.

É fundamental eles tal como sabem a diferença entre mal e bem é preciso que eles saibam a diferença entre necessidade e desejo.

Uma necessidade é um bem ou serviço que preciso para viver, sem ele coloco em risco a minha sobrevivência... de acordo com a cultura, prioridades de cada familia a criança vai identificando o que é considerado básico para a sua vida.

É neste momento que nós devemos decidir muito bem quais os valores que queremos passar aos nossos filhos.

É importante jantarmos todos juntos num restaurante, ou o local é secundário e o que é importante é o "estarmos todos juntos" ?


Mas os desejos também existem e devem existir, o desejo é um bem ou serviço que não é essencial à minha vida mas é algo que gosto, é algo que me faz feliz quando alcanço.

É essencial sonharmos e termos os nossos desejos como objetivos, temos é de ensinar as nossas crianças que pelos desejos podemos esperar e para o obter temos de estabelecer um plano.

Para podermos ir jantar todos juntos a um restaurante por mês temos de ter 50€ associados a este desejo.

Não nos esqueçamos de que os 50€ se estão associados a este objetivo não podem ser usados para pagar a eletricidade ou a água ou a conta do supermercado :)
Sejam feliz alcançando os vossos desejos ou sonhos mas nunca pondo em risco as vossas necessidades ou da vossa família :)





terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mesada ou Semanada?

Mesada ou Semanada?
O dar mesada ou semanada aos filhos está longe de ser um tema consensual...
No entanto não deixa de ser uma importante ferramenta na criação de alguns hábitos inerentes a uma boa  educação financeira.
Porquê?
A mesada é o que temos de mais parecido ao salário.É importante que as crianças aprendam a gerir a sua mesada pois naturalmente irão gerir melhor o seu salário.
Vão ter que começar a fazer as suas escolhas, a perceber o carater finito do dinheiro (se gasto numa coisa não vou ter para gastar na próxima).

Pontos importantes a definir :

·         Mesada ou semanada?
As crianças têm pouca noção de tempo e dificuldade para lidar com prazos.
Devemos então começar com semanada e ir aumentando o espaço temporal à medida que vão crescendo.
Por volta dos 10/12 anos já deve introduzir a mesada para que eles vão trabalhando com um horizonte temporal mais alargardo sempre tendo em atenção a maturidade da própria criança.

·         Uma vez definida a semanada/mesada e os pressupostos para que eles a recebam deve cumprir a sua parte e efetuar o pagamento da mesma no valor e prazo acordado;
Não se esqueça que é fundamental dar o exemplo!

·         Não deve fazer “adiantamentos” de mesada/semanada para que eles percebam que o facto de não terem gerido bem o seu dinheiro tem implicações e que vão ter que deixar de fazer/comprar algo e terão que corrigir no próximo mês/semana para que não volte a acontecer.

·         Não se esqueça de valorizar e até recompensar as boas práticas em relação ao dinheiro e se for caso disso dê uma pequena ajuda para  viabilizar os pequenos projetos/sonhos pelos quais a criança se tenha se esforçado para realizar.


     

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O filho “gastador” – o dinheiro é um meio para atingir um fim

Não há dois filhos iguais – parte 2
O filho “gastador” – o dinheiro é um meio para atingir um fim
O que procuramos na educação financeira é o equilíbrio assim sendo se temos uma criança que gasta todo o dinheiro temos de arranjar exemplos, situações que o ajude a perceber que precisamos de dinheiro para diversos fins.

Porquê e como?

Muitas vezes estas crianças gastam todo e qualquer dinheiro sem dó nem piedade mas muitas vezes não gastam só em coisas para eles.
Pagam tudo e mais alguma coisa aos amigos, emprestam mas nunca recebem de volta o valor emprestado, perdem porque deixaram aqui ou ali e obviamente também compram para eles.

Nestes casos temos de ensiná-los a valorizar o dinheiro q.b..
Não queremos crianças materialistas mas queremos crianças responsáveis. Temos de lhes explicar que a amizade é um sentimento de partilha. Eu partilho com os meus amigos e os meus amigos partilham comigo.

O que é um empréstimo? Se alguém me pede emprestado dinheiro está a partir de um pressuposto que é, vai devolver-me num determinado prazo. Também este conceito é importante abordarmos com a criança.

Se estivermos perante um jovem adulto (15 a 18 anos) podemos mesmo explicar a dinâmica, emprestar ou não dinheiro a alguém, depende do grau de confiança que eu tenho nessa mesma pessoa, ou seja, podemos iniciar este jovem no conceito de risco.

É importante com as crianças e jovens criar situações em que eles queiram comprar alguma coisa e que por causa do seu comportamento/atitude despreocupado no que diz respeito à gestão do seu dinheiro e ás suas opções, não vão poder ter o que tanto desejam.

Uma especialista em educação financeira do Brasil disse:
“Levem os seus filhos a sentir a “bancarrota” na sua infância de modo a que isso não aconteça na sua vida adulta.”
Dra. Cássia d’Aquino

Na próxima semana quero escrever sobre dar ou não mesada/semanada às crianças e a partir de que idade.

Até para a semana !

domingo, 30 de outubro de 2011

Não há dois filhos iguais - o filho "forreta"

Quem tem filhos sabe que não há dois filhos iguais e por isso não podemos educá-los da mesma maneira.
Se a uns  temos de “refrear” o seu à vontade, há outros que temos de “instigar” a libertar-se.
Na educação financeira também temos de ter em atenção estas diferenças.
O filho “forreta” – prefere não ter a gastar o seu dinheiro
O que procuramos na educação financeira é o equilibrio assim sendo se temos uma criança que guarda todo e qualquer dinheiro que lhe dão temos de o “obrigar” a gastar.
Porquê?
A realidade da vida diz-nos que temos de pagar para termos as nossas necessidades básicas satisfeitas, tais como, alimentação, habitação, etc, então é fundamental ensinar ás crianças que é necessário abdicar de algum do nosso dinheiro para vivermos.
Como nesta sua fase da vida a criança não paga pelos bens e serviços que necessita para viver (são os pais que têm essa responsabilidade) temos de definir com eles que gastos diários/semanais serão da sua responsabildade.
Exemplos:
Para crianças entre os 6 e os 12 anos
- os cromos para a sua caderneta;
- os gelados ou guloseimas que aprecia;
- o sumo que tem autorização dos pais para comprar x vezes por semana no bar da escola
Para jovens dos 13 aos 18 anos:
- o valor mensal  a gastar com comunicações (telemóvel) acordado com os pais
- o valor para lanches com amigos
- o valor mensal definido para jantares de anos / idas ao cinema
O que é importante é que estas rúbricas de despesas têm de ser definida em conjunto entre pais e criança / jovem.
Os gastos de uma criança/ jovem devem ser bens ou serviços que eles querem ter e que têm um periodicidade (diária/semanal ou mensal) para poderem estar associados ao ciclo do dinheiro.
CICLO
Rendimento (semanada/mesada) –> Gastos –> Rendimento –> Gastos –> (...)
Se temos uma criança “forreta” temos de ensiná-la que para vivermos temos de gastar algum dinheiro para viver. Porque essa é a realidade.
Há pais que têm receio de colocar a decisão do lado dos filhos porque eles podem optar mal.
Se queremos filhos responsáveis é nestas decisões erradas e certas que temos material para lhe ensinar o que está bem em mal.
É como estas situações, ainda controláveis, que podemos dar-lhe os limites para eles virem a ser jovens responsáveis.
Nunca nos podemos esquecer do seguinte:
A nossa missão na educação é dar-lhes exemplos, ferramentas e instrumentos para eles decidirem o melhor possivel. Nunca esquecendo que são eles que vão decidir.
“Educar para autonomia” Piaget
Para a semana falaremos do filho “gastador”
Até para a semana !

domingo, 16 de outubro de 2011

De onde vem o dinheiro ?

Perguntem aos vossos filhos: “De onde vem o dinheiro?”
As  respostas são diversas:
Do banco; da fábrica; do multibanco... eventualmente do trabalho !
Mas sim é pelo facto de trabalharmos que nós adultos recebemos dinheiro para posteriormente o utilizarmos.
Nota:  Não considerem que é óbvio porque muitas vezes o que é óbvio para nós não o é para os outros.
É basilar na educação financeira as crianças entenderem o ciclo do dinheiro:
Uma pessoa que trabalha recebe de acordo com o trabalho efectuado e com esse dinheiro vai trocar por bens e serviços que precisa ou deseja ter.
Para começarmos a verdadeira educação financeira temos de definir o que será o rendimento da criança.
Há obrigações que são inerentes ao seu posto de ser criança que deverão ser definidos em familia por exemplo uma criança de 6 anos pode ter como as suas obrigações:
Escola - fazer os trabalhos;  estudar para os testes; empenhar-se nas suas obrigações escolares
Casa - levantar a mesa depois do jantar; fazer a sua cama
Outros - etc, o que os pais acharem razoável
E por estas tarefas é definida uma semanada que não deverá nunca ser muito elevada por exemplo 0,50€ por dia o que dá 2,5€ por semana.
Cuidados a ter, não queremos que as crianças sejam mercenários, que tudo e qualquer coisa que fazem sejam por dinheiro...
É nossa responsabilidade ( nunca esquecer de as crianças aprendem melhor com o exemplo do que com as palavras) explicar-lhes o prazer de ajudar, de contribuir, de ser útil.
Muitas vezes fazemos coisas não para receber, não por que faz parte da nossa obrigação mas porque vai ajudar alguém e esse alguém vai ficar feliz.
Nestes casos as nossa recompensa é a felicidade dos outros.
Os pais e educadores que conseguirem transmitir ou evidenciar nas crianças a capacidade que todos nós temos, mas muitas vezes ignoramos, de “ficar feliz pelos outros” é um pai ou educador 5*****.
Este sentimento “fico feliz por ti” quando verdadeiro é o melhor antídoto para a inveja e todos os sentimentos maus que nos dias de hoje são tantos na nossa comunidade.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dinheiro é assunto para pais e filhos?

Todos sabemos que as famílias hoje em dia procuram cada vez mais conseguir ter algum tempo de qualidade juntos, há uma crescente preocupação em que o convívio faça parte do dia a dia de pais e filhos.

Tempo esse que é cada vez mais escasso. Todos os membros da família têm os seus compromissos, obrigações e actividades. A cada vez mais exigente atividade profissional dos pais e a carga horária da escola e atividades extra deixa pouco tempo para o convívio em família. 

Mas para esse pouco tempo que sobra todos têm desejos e ideias de como o gostariam de ocupar, seja uma ida ao cinema, um jantar num restaurante, passar um fim de semana fora...

Não nos estamos esquecer de tempo para conversar?

Nomeadamente sobre finanças?

Mas finanças é assunto para conversar em família?

Nos nossos dias este assunto só é abordado com as crianças como desculpa para não podermos fazer isto ou aquilo..., ou então, quando elas começam a perceber um clima de stress, ansiedade e por vezes alguma agressividade entre os pais.

Será de facto o dinheiro o fator limitador dos nossos sonhos?

Ou seremos nós próprios ?

Será que conhecendo a fundo a nossa realidade financeira, organizando-a, fazendo opções conscientes e planeando não vamos conseguir começar a dizer mais vezes sim?

É esta a mensagem que devemos passar aos nossos filhos enquanto educadores, devemos mostrar-lhes que os sonhos são alcançáveis, não hoje , pelo menos grande parte deles, mas desenhando o caminho e seguindo o mesmo até à meta.

domingo, 2 de outubro de 2011

É caro ou barato

Experimentem dizer a uma criança de 7-8 anos que ganham 1000€ e ela vai ficar maravilhada – “Tanto dinheiro !!!” e depois digam-lhe que uma garrafa de 0,25cl de água naquele café custa 2,5€ - “Isso é barato, não é pai?”
As crianças não têm a nossa experiência de vida, as nossas referências para ser possível comparar e estabelecer essas relações de valor.
Mas a verdade é que estamos a educar financeiramente as crianças partindo do pressuposto que eles têm noção dos preços, que sabem quanto uma pessoa ganha ou não.
Educação Financeira para a maior parte das pessoas é:
- dizer ás crianças  que não podem ter isto ou aquilo porque é caro;
- coloca num mealheiro o dinheiro que os avós e os tios te vão dando e depois podes comprar uma coisa para ti e isso é poupar.
Temos de os ensinar os conceitos de opções, escolhas, algumas dificeis, prioridades, objectivos, planos mas todos no sentido de definir onde vamos usar o dinheiro que temos.
As crianças querem comer as gomas quando entram no café, querem o jogo quando vão à loja. Ficam sensibilizados quando lhes contamos a realidade de algumas populações mundiais mas são histórias que, felizmente, não fazem parte da realidade deles. E assim se mantenha.
Nem nós adultos conseguimos imaginar o que é viver com um prato de farinha com água por dia, quanto mais uma criança.
Mas a nossa realidade ainda se complica mais quando, hoje em dia, não podemos afirmar que uma pessoa que ganha 3000€ por mês é financeiramente mais saudável do que uma que ganha 1000€ mês.
Hoje o estado financeiro das pessoas reside mais no que a pessoa gasta, nas opções que toma, do que no rendimento que tem.
Assim sendo, a educação financeira é essencial.
Para educarmos financeiramente as crianças temos de criar exemplos adequados à sua compreensão e só porque é dificil não podemos baixar os braços.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Não eduques o teu filho para ser rico, educa-o para ser feliz"

“Não eduques o teu filho para ser rico, educa-o para ser feliz”.
“Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO”
(Max Gehringer)
Concordo em absoluto com esta frase mas para fazê-lo não podemos ignorar que os temos de ensinar a usar o dinheiro.
A menos que alguém tenha uma informação de fonte segura que o dinheiro vai deixar de existir e que iremos voltar ao sistema de troca directa...
*momento de silêncio*
Bem me parecia, o dinheiro vai continuar por cá.
Então se não queremos que os nossos filhos vivam obcecados com ele, nem em função dele temos de nos preocupar a desmistificar o assunto.
Para que é que serve o dinheiro?
Para trocar por bens ou serviços. E para nada mais.
Se estivermos cheios de fome, podemos comer o dinheiro?
Não, temos de o trocar por bens alimentares que nos saciem.
Veem como é simples!!!
Então para que é que precisamos de dinheiros?
Em primeiro lugar para trocarmos por bens e serviços que nos satisfaçam as necessidades, como alimentação, abrigo, vestuário e segurança.
Em segundo lugar para guardar como reserva para fazer face aos imprevistos da vida, da saúde, das avarias...
Em terceiro lugar para dar um presente a alguém, um amigo, um familiar, numa campanha de solidariedade que na sua opinião valha a pena investir
Em quarto lugar, não menos importante, para “me oferecer” bens e serviços que desejo. São coisas que não preciso obrigatoriamente para viver, mas que gosto e quando posso... tenho-os.
São os meus desejos.
E estes são diversos, tudo depende dos interesses, prioridades e objetivos de cada um e obviamente do nível financeiro que cada família tem.
O que é fundamental é os nossos filhos perceberem que há coisas que não se compram com dinheiro mas são tanto ou mais valiosas, tais como:
Família, amigos, respeito pelos outros, irmãos, confiança, empenho, brio, profissionalismo, momentos...
Tudo isto não custa dinheiro apenas depende de nós  queremos ou não valorizá-los e investir neles. Não acredito na frase:
“Mas eu não tive opção” – temos sempre opção nem que seja achar que não temos opção...
Essa foi a nossa opção.
Vamos educar para os valores e com os valores e para tal vamos ensinar o verdadeiro valor e uso do dinheiro.
Só assim vamos conseguir criar uma sociedade menos materialista, menos preocupada com o carro que o vizinho comprou ou com o sitio onde este foi passar férias.
Ensinem os vossos filhos a ficarem felizes pelos outros e não com inveja dos outros e teremos um mundo melhor com certeza.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma ida ao supermercado – a viagem até ao supermercado (parte 1)

Uma ida ao supermercado é uma excelente ocasião para falar de educação financeira com os seus filhos.
Logo no caminho comecemos por esclarecer qual o objetivo de uma ida ao supermercado?
Comprar gomas? NÃO
Comprar filmes ou jogos de computador? NÃO
Nós vamos ao supermercado comprar bens essenciais que satisfaçam as necessidades básicas da família.
As nossas necessidades básicas são bastante simples: comida, roupa, abrigo e a companhia dos que amamos.
Que necessidades  básicas podemos satisfazer numa ida ao supermercado?
Comida
É nesta altura que uma das crianças vai dizer com um sorriso maroto... “Mas se tu deixasses eu só comia gomas. A minha comida passava a ser gomas...”
Muitas vezes temos de explicar-lhes o que é ser pai/mãe, que neste papel temos a responsabilidade de os ensinar a escolher e a decidir.
Se os deixássemos comer só gomas, numa primeira análise eles seriam felizes mas rapidamente ficariam doentes e nós não estaríamos a cumprir com o nosso papel de pai/mãe.
Voltemos a falar “a sério” falemos de alimentação saudável e de escolhas inteligentes sobre comida... e chegamos à comida que vamos comprar no supermercado com o objetivo de satisfazer a nossa necessidade de nos alimentar.
Resumindo:
Necessidade:  são os bens e serviços que precisamos para viver
Desejos: são os bens e serviços que gostaríamos de ter
Reparem que para as crianças poderem ter sonhos, para podermos falar com elas sobre prioridades e escolhas temos primeiro de lhes ensinar a diferença entre necessidade e desejo.
Fazendo a comparação com a necessidade de ensinar a uma criança a diferença entre o bem e o mal:
- para uma criança poder escolher fazer o bem tem de saber distingui-lo do mal.
Para uma criança definir como prioridade uma necessidade tem de saber distingui-la de um desejo.
Só assim teremos crianças a valorizar os valores familiares, as pessoas e uns aos outros contra as coisas, as marcas, resumindo teremos crianças que valorizam o que são e não o que têm.
Não acham que viveríamos num mundo melhor? Comecemos pela diferença entre necessidade e desejo e pouco a pouco lá chegaremos !
Tudo depende do exemplo que nós lhe damos. Nunca se esqueçam, as crianças fazem o que nós fazemos e não o que nós dizemos para fazer.
O vídeo que vou colocar aqui pode ser um pouco chocante mas é esclarecedor por isso aqui fica:

Até para a semana !