segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Educar para autonomia parte II

Educar para a responsabilidade não é fácil. Responsabilidade na educação financeira é basilar.
Quem disse que educar é fácil?
Quando as crianças são bébés devido ao cansaço, à dependência, estamos desejosos que eles cresçam. Os mais velhos dirão nessa altura: “Quem tem filhos tem cadilhos. Filhos criados trabalhos redobrados. “ e nós não acreditamos.
Só mais tarde, como tudo na vida, é que valorizamos a parte boa da fase “bébés” – “Como era bom quando ele só precisava de mim para comer, beber e dormir...”
Todas as idades têm coisas boas e coisas menos boas e devemos concentrar-nos a fazer o melhor que sabemos e conseguimos.
“Quem dá tudo o que tem a mais não é obrigado.” – outro ditado antigo que premeia o esforço.
O que é isto na educação financeira de educar para a responsabilidade?
As crianças e jovens não pagam as contas de casa, nem as escolas, nem os empréstimos, mas gostam de pedir um gelado no café, de ter uma carteirinha de cromos.
O segredo está em usar as situações do dia a dia para lhes irmos introduzindo conceitos financeiros.
Nota – em todos os exemplos dados partimos de alguns pressupostos:
1º - São os pais que têm a última palavra
2º - As opções disponibilizadas ás crianças vão depender das diretrizes definidas pelos pais
3º - As situações apresentadas têm como objetivo falar de um ou mais conceito de educação financeira e não fazer juízos de valor sobre qual a educação que pais decidem  dar aos seus filhos

1ª situação – Fazer opções, tomar decisões e assumi-las.
A família vai ao café e uma criança com mais de 5 anos pede um chocolate.
Consideremos que os pais não têm qualquer motivo contra ele comer o chocolate.
 Mas sabem que quando saírem dali vão comprar o jornal e a criança vai querer cromos.
Gerir o nosso orçamento é fazer opções. Sempre que decidimos gastar o dinheiro em determinado item deixamos de ter esse valor para gastar noutra situação qualquer.
Esse valor é “consumido”.
Então vamos explicar isso à criança... Vamos explicar que ele pode comer o chocolate mas se o fizer não poderá ter 2 carteirinhas de cromos quando formos à papelaria. Muito provavelmente a criança vai dizer que quer as duas coisas. Temos aqui a oportunidade para lhe explicar que não é assim que funciona.
Naquele momento temos orçamentado para gastar com ele (a criança) - 1€ (até podemos pôr-lhe a moeda na mão) por isso temos de em conjunto decidir onde é que ele vai ser gasto – chocolate ou carteira de cromos.
Na educação financeira, tal como em qualquer educação, é fundamental sermos firmes e coerentes.
Se a criança decidiu comer o chocolate, quando chegarmos à papelaria aconteça o que acontecer não há qualquer hipótese de ela conseguir levar os cromos, ok?
Se ela optou pelos cromos nem que estejam “a chove picaretas” após sairmos do café vamos comprar os cromos.

Nesta situação ainda não colocamos o tema semanada ou mesada lá chegaremos, continue a acompanhar-nos !

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